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Casas maiores, escritórios menores: pandemia revoluciona mercado imobiliário

  • Foto do escritor: BUD  CONSTRUTORA
    BUD CONSTRUTORA
  • 10 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 15 de jun. de 2020




O mercado imobiliário foi impactado pela pandemia de coronavírus, mas o tom entre os especialistas é otimista em relação aos efeitos que a crise pode trazer.

Entre as mudanças mais significativas, está um processo reverso ao que vinha sendo observando: “se antes a tendência era a diminuição de espaços e de vivência em espaços compartilhados, a pandemia exige o oposto: espaços maiores e mais confortáveis, já que as pessoas passam muito mais tempo dentro de suas respectivas casas e estão sentindo falta de uma varanda, de um escritório bem estruturado e vão querer mudar”, afirmou Fábio Tadeu Araújo, durante a live mediada pelo professor do InfoMoney, Ricardo Reis, nesta segunda-feira.

Segundo Fábio Tadeu Araújo, é preciso se atentar às tendências demográficas a partir de agora. “As grandes cidades do Brasil já possuem, em sua maioria, famílias de no máximo três pessoas. O futuro do mercado imobiliário vai ser se adaptar à relação entre compartilhamento e redução espaços e viver em ambientes maiores e de mais qualidade”, afirma.

Home office

Fernando Didziakas, Sócio da Buildings, que monitora principalmente escritórios corporativos, afirma que, segundo uma pesquisa da empresa, 80% das empresas de São Paulo acreditam que a partir de agora terão escritórios menores. “E isso é um processo: casas maiores, escritórios menores. Vamos observar uma redução da metragem da empresa e uma melhora na qualidade do home office, que vem funcionando." Thomaz Assumpção, da Urban Systems, também acredita que a mudança de comportamento terá forte impacto no mercado imobiliário: “Tudo vai mudar e vamos viver de forma mais integrada e buscando mais qualidade, o valor das coisas vão aflorar e isso vai trazer significado. Por isso, nosso olhar para a cidades tem sido no desenvolvendo bairros planejados, cujos produtos são sistêmicos e complementares e incluem varejo, hotelaria, residencial, escritórios, vários segmentos. Produtos de nicho vão surgir, vamos diminuir a mobilidade urbana e isso vai trazer uma nova logística mais fragmentada. Temos que monitorar o processo do novo ciclo do mercado imobiliário."



Vendas na crise


Uma pesquisa conduzida pela Brain Inteligência e mais parceiros, mostra que 56% das empresas de incorporação venderam durante a crise. “Desse total, 60% foram vendas derivadas de uma negociação iniciada durante a pandemia. Ou seja, podemos dizer que cerca de 35% das empresas venderam em negociações durante a pandemia, o que indica que com certeza existe venda neste momento”, afirma Araújo. Ainda nessa mesma pesquisa, na edição de março, 1% dos entrevistados tinha acelerado a compra de um imóvel por conta da pandemia. Em abril, o número subiu para 5%. Para Guilherme Werner, sócio da Brain Inteligência Estratégica, os motivadores são de necessidade e não desejo, mas já é um sinal positivo.



 
 
 

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